16 de set. de 2012

O Retrato de Dorian Gray

"Eu sou o que você fez de mim, eu vivi a vida que você pregou, mas nunca teve coragem de praticar, eu sou tudo aquilo que você teve medo de ser..."

Sem parar de pensar nesta frase. Foi assim que fiquei ao terminar de assistir, ontem, "O Retrato de Dorian Gray", filme adaptado do livro de Oscar Wilde, publicado em 1890.


O filme conta a história de um jovem aristocrata inglês, inocente e ingênuo, Dorian Gray (Ben Barnes), que torna-se modelo para uma pintura do artista Basil Hallward (Ben Chaplin), que busca eternizar a beleza e a juventude do rapaz. 


Através de Basil, Dorian conhece o Lord Henry Wotton (Colin Firth), que o seduz para sua visão de mundo, onde o que importa é a beleza e o prazer. Enfeitiçado diante do seu retrato e seduzido por Lord Henry, Dorian faz um juramento no qual daria sua alma para ficar com a aparência exatamente como na pintura. Dorian se dispõe a desfrutar intensamente os prazeres mundanos da vida, de forma imoral e corrupta. Os anos passam e sua beleza e juventude continuam a ser mantidas, enquanto o quadro envelhece, exibindo sua feiura interior.


A questão sobre o poder da beleza e da perfeição é o tema central do filme, que também retrata a ganância, a vaidade e a influência das pessoas sobre outras. A auto-destruição é inevitável.

O filme conta com um excelente elenco. Ben Barnes se destaca, levando o personagem da ingenuidade ao crime. O tema é extremamente atual, já que vivemos numa sociedade onde a preocupação gira em torno da imagem: a ditadura da beleza.


Agora, só me falta ler o livro, muito recomendado por amigos.


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