28 de abr. de 2012

O retrato de um conto II

A viagem dos sonhos

Muitas pessoas sonham em viajar para Disney, Paris, Londres, Marrocos, etc. Até que Júlia teve algumas destas vontades, mas a melhor viagem da sua vida já foi realizada. Ela aconteceu quando Júlia estava apaixonada por André.
Os encontros entre os dois eram sempre perfeitos. Numa das conversas sobre tudo, surgiu a ideia de André levá-la junto com ele numa viagem até a cidade onde moravam alguns parentes dele. Precisa dizer? Júlia aceitou o convite na mesma hora.
Compraram as passagens para as 16h. A viagem foi tranquila. A cidade ficava na Chapada Diamantina. Só não puderam aproveitar muito bem as paisagens porque era noite. Chegaram ao destino por voltas das 4h da manhã do dia seguinte à partida.
No primeiro dia André levou Júlia para conhecer a cidade (que era cercada por montanhas, um lugar de tirar o fôlego), parentes e amigos.
O segundo dia foi perfeito, o melhor de todos. Saíram para um passeio de moto. A estrada era um reta que parecia inacabada. Depois seguiram por uma trilha em mata fechada. Foram subindo a montanha. Muitos pedregulhos pelo caminho, a moto derrapava, mas Júlia até que conseguiu se sair bem, não se machucando; no perigo, ela pulava da garupa da moto. Chegaram numa casa simples (que era do pai de André), muito acolhedora, com uma quantidade enorme de árvores frutíferas ao redor e um rio mais adiante. O lugar perfeito para se viver um grande amor. E viveram um amor puro e inocente.
Tinham que voltar antes do anoitecer. Na estrada, já de volta, passaram na casa de D. Rute, avó paterna de André, um encanto de pessoa. Não demoraram. Mais uma vez na estrada. E quem está apaixonada, sempre inventa de "fazer arte". Sem Júlia esperar, André virou para trás e lhe roubou um beijo. Resultado: a moto saiu da estrada, passou raspando as plantas que ficavam no acostamento. Uma das pernas de Jília ficou toda aranhada devido aos espinhos das tais plantas. Voltaram para a casa da avó de André, porque era mais perto que a cidade, para cuidar dos ferimentos. Depois, seguiram viagem, mas desta vez sem surpresas. Até hoje André lembra deste acontecimento e se sente culpado.
Os outros dias se passaram sem maiores novidades. 
Júlia voltou para sua cidade primeiro que André, pois ele estava de férias e ela teria que voltar ao trabalho. Num desses telefonemas para matarem as saudades, Júlia terminou este relacionamento de alguns poucos meses de convivência.
Porém, esta foi a viagem dos seus sonhos. Nada igual ou melhor se repetiu e cada instante vivido está muito bem guardado nas suas memórias e no seu coração. Pro resto da sua vida.

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