14 de abr. de 2012

Nos degraus da minha vida

"Não contara os degraus vencidos - a paisagem abaixo era deslumbrante. A trilha chegou a um trecho em ziguezague, e uma enorme borboleta rosa e escarlate flanou delicadamente por ali. O bibliotecário ergueu seu cajado e a borboleta pousou nele. Para mim, foi um convite para sentar-me também." (Uma Escada para o Conhecimento, Ariel Glucklich)


E eu sentei no último degrau. Não apenas olhei a paisagem, como admirei-a. Fechei meus olhos. Senti o perfume das flores. Pecebi os animais que por mim passavam. A brisa suave me envolveu num abraço delicado. Fiquei paralisada com tamanha exuberância de um lugar que eu sequer imaginei que existia. Minha fragilidade foi removida lentamente através de sussurros que partiam do meu coração.
Me renovei, me inventei, me refiz.
A harmonia reina neste ambiente tão ímpar! Os seus mistérios são envoltos por uma fina película que pode ser dispensada a partir dos sentimentos integrados. E eu mergulho em pensamentos infinitos, dilacerando tudo que há de incômodo em mim. Este momento torna-se eterno em minhas lembranças. Assim, posso me refugiar aqui e compartilhar comigo sensações de tranquilidade, prazer, alegria e tudo mais que me faz feliz.

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