21 de mar. de 2012

Ou você se liga ou está desligado

É um problema muito sério o uso de celular pelos alunos durante as aulas. Algumas pessoas podem achar que é exagero meu falar que é algo MUITO SÉRIO. Mas não é. Só quem vive essa situação no dia-a-dia pode fazer ideia do quanto atrapalha. A cada ano esta má utilização cresce assustadoramente, causando prejuízos, tanto para os alunos quanto para os professores.


O celular é um meio de comunicação, porém a todo momento são lançados produtos com as mais diversas utilidades. As inovações tecnológicas atraem um enorme grupo de consumidores, principalmente o da nova geração. Até aí, tudo bem. O grande problema é a maneira como o alunado utiliza tais recursos em hora e local inadequados.
Este é um tema que apresenta várias abordagens. Uma delas seria um tema que até já me referi neste post: o aumento do consumismo por determinadas classes sociais. E como impulso para tal atividade temos as nossas mídias a favor de propagandas desenfreadas. E o que seriam das mídias sem estas tais propagandas?
Uma outra abordagem está relacionada à falta de consciência e a imaturidade dos alunos em usar o celular em horário de aula, atrapalhando o andamento da mesma. Eles tiram fotos para postar nas inúmeras redes sociais (Orkut, Twitter, Facebook, MySpace, Sonico, Ning, Badoo, e todas outras que você imaginar), recebem e enviam SMS, acesam a internet, jogam, etc. Isso tudo gera falta de atenção dos alunos, atividades desenvolvidas sem interesse (ou até não desenvolvidas), conversas paralelas, barulho, desconcentração do professor, conteúdos mal relacionados. Enfim, uso do celular em sala de aula só causa problemas numa instituição de ensino.
Outra abordagem é a competição para ver quem tem o melhor celular, com mais recursos, o da moda, o "da vez", etc. E também tornou-se um objeto discriminatório ("Eu tenho e você não").
PARCERIAS seriam bem vindas entre direção, funcionários e professores do colégio, que, juntamente com os pais, buscariam uma solução que seja viável para diminuir bastante o uso do celular dentro da escola por estes alunos que ainda não aprenderam a utilizá-lo de maneira adequada.


Um comentário:

G Mercury disse...

Olha Bell, eu fico muito incomodado com isso. Me desconcentra e até retomar o assunto, outro já está sendo usado. É uma locura... Li recentemente este comentário!

"Há os problemas relacionados à ética quanto ao uso de telefones celulares que, para princípio de conversa, deve começar com os profissionais que atuam nas escolas. Diretores, coordenadores, orientadores, funcionários em geral e, principalmente os professores, devem desligar seus aparelhos quando estiverem trabalhando ou, caso seja muito necessário e acordado com os demais colegas, manter em modo de vibração (silencioso) para que as mensagens e ligações fiquem em arquivo e depois possam ser respondidas.

Em sala de aula, especificamente, o toque de um celular, ainda mais com a variedade de músicas e demais estilos (muitos deles cômicos) pode atrapalhar consideravelmente o andamento das ações previstas pelo professor. Portanto, o exemplo começa com ele e, depois, deve ser combinado com os alunos, seguido das devidas explicações, ou seja, dos motivos que levam a escola (sim, a instituição e não apenas o indivíduo, o profissional) a pedir aos alunos que deixem seus celulares desativados durante o dia de atividades educacionais.

Isto, certamente, inclui a questão do envio de torpedos com mensagens de texto. Esta prática, ainda que silenciosa, tira o foco dos alunos e pode, em muitos momentos, ser utilizada para fins indevidos, como passar respostas em provas ou testes..."
João Luís de Almeida Machado Doutor em Educação pela PUC-SP; Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP); Professor Universitário e Pesquisador; Autor do livro "Na Sala de Aula com a Sétima Arte – Aprendendo com o Cinema" (Editora Intersubjetiva).