18 de ago. de 2012

As cartas têm alma

Apesar do mundo estar conectado a tudo, inclusive eu, ainda me sinto no tempo das cartas. Escrever é um hábito que tenho desde a época do colégio (ensino médio) e eu adoro (não é à toa que amo este blog, onde escrevo para me satisfazer).
Nada melhor do que receber cartas. A surpresa ao abrir a caixa do correio, sentir o coração disparado só em ler o nome do remetente, correr para o quarto, abrir o envelope com cuidado para não danificá-lo. E começar a ler, absorvendo cada palavra escrita, viajando nos pensamentos, divagando, sempre. A emoção flui a cada frase, a cada parágrafo. As confidências são muitas, as saudades são eternas, o carinho é único e as lágrimas estão sempre presentes. Não importa onde foram escritas, se em papel decorado ou em simples folha de caderno ou ainda datilografadas (pois é, neste tempo a máquina de datilografia era bastante comum, nada de computador). Receber cartas era de uma importância ímpar.
Arrumando algumas gavetas, encontrei a caixa onde guardo minhas cartas recebidas. 


Não tenho muitas, mas são o meu tesouro de um tempo que não volta mais e que deixou saudades enormes. 


Li mais uma vez cada uma delas e a emoção tomou conta de mim. 












Por onde andam estas pessoas que um dia fizeram parte da minha vida? Será que ainda lembram dos momentos especiais que vivemos? Como seria maravilhoso retornarmos o contato, saber como todos estão! 
Os questionamentos são muitos, mas para nenhum deles tenho respostas.
Agora, só me resta ficar aqui, com minha preciosidade, viajando no tempo, um tempo perfeito, repleto de recordações de uma fase um tanto despreocupada e feliz.


Um comentário:

Luma Rosa disse...

Por onde andam essas pessoas?
Ao ler as cartas você volta no tempo e o que importa não é o presente, são aquelas pessoas no passado, dos momentos e alegrias compartilhadas. Será que elas pensam: Por onde andará Bel?
Muito legal você guardar as cartas e aindar interagir dessa forma. Eu adoro!!