30 de jul. de 2011

Ecochata... Sustentável?

Comecei a semana ouvindo a seguinte afirmativa: "Você já faz a coleta seletiva do lixo, reduziu o consumo de sacolas plásticas, trocou as lâmpadas incandescentes, etc... Não seja radical porque ninguém aguenta uma ecochata!"
ECOCHATA eu?
O termo ecoou dentro de mim pelos dias seguintes. E me despertou para o risco de cair na armadilha mais comum da vida das pessoas preocupadas com o meio ambiente: seguir à risca o manual ecologicamente correto, o que nem sempre resulta no consumo consciente. É preciso bom senso para fazer as escolhas.Muitas pessoas têm um vilão na garagem. Uma opção seria o carro elétrico. Ele tem zero de emissão direta e aproveita as fontes alternativas de geração elétrica. É mais eficiente, pois se reabastece na frenagem, na descida e não gasta energia em ponto morto. É mais barato, pois não requer sistemas de transmissão e refrigeração sofisticados e dispendiosos. E, simplesmente, não tem sistema de injeção de combustível, de lubrificação de motor, de escapamento, motor de arraque, catalisador e abafamento de ruídos. O motor elétrico custa uma fração de um motor à combustão e seus acessórios. Resolvido o problema da bateria, o carro elétrico custará menos do que os carros convencionais, terá custo de abastecimento muito inferior, desempenho superior em torque (que produz rotação) e nenhuma emissão de barulho e gases poluentes. Até parece que sou "expert" na parafernália automobilística, não é? Que nada! Toda esta propriedade ao comentar as vantagens do carro elétrico vem de pesquisas no Google - rsrsrsrsrsrsrs...
Em outra pesquisa utilizando o mesmo recurso cheguei à conclusão que, apesar do motor elétrico ter menos partes móveis que um motor à combustão interna (motor à gasolina ou álcool), o sistema de controle e variação de velocidade é de alto custo, e ainda temos de pensar no que fazer com as baterias do carro elétrico. Daí surgem os seguintes questionamentos:
Como reciclar?
Como não poluir mais o ambiente com metais pesados do qual elas são feitas?Aqui no Brasil ainda temos a "Matriz Energética" em sua maior parte composta por hidrelétricas, mas e os outros países que tem sua energia originada do carvão usado nas termoelétricas?
E o impacto ambiental de novas usinas hidrelétricas?
Esta é uma questão que deve ser muito bem pensada e analisada...
Será mesmo o carro elétrico a solução?
Em relação às sacolas plásticas, encontrei um artigo que me deixou intrigada: "Saco plástico causa menos dano que as ecobags" (http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/882950-saco-plastico-causa-menos-danos-que-ecobags-diz-relatorio.shtml). Não há dúvidas de que as sacolas plásticas causam problemas ambientais, como lixo e puluição marinha, utilizando petróleo. Limitar o uso e reutilizá-las reduz os danos. O relatório conclui que "Todos os sacos causam impacto. A melhor solução seria utilizar um saco de algodão centenas de vezes, provavelmente por anos. Para usar poucas vezes, a melhor opção é o plástico".
Vou confessar aqui: não consigo me libertar por completo das sacolas plásticas dos supermercados; diminui o consumo.
A partir deste post tento demonstrar minha inquietação pessoal com relação às questões ambientais e não tentar convencer as pessoas a acatar minhas ideias. Bom, o caminho é ter humildade para reconhecer as limitações, coregem para compartilhar e força para encarar as mudanças mais difíceis. Vou seguindo com este objetivo.
É inevitável não se culpar. Não há como ser 100%. A auto-consciência já é um grande passo.
Mas vamos tocar em frente NOSSO desejo de um Planeta Sustentável.
Quem me acompanha?

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