7 de set. de 2013

Aprendi


Caminhei sem perceber que ia contra minha vontade, que tudo fluía hipnoticamente, a passos lentos e constantes. Foi como o despertar de um sono profundo, foi como me libertar das algemas que me uniam ao que eu não queria. A sonolência foi se dissipando aos poucos, o dia ficou mais claro e verdadeiro, a noite tornou-se tranquila após momentos inquietantes e desorganizados.
Independente do sentido de um julgamento qualquer, a irreflexão deu passagem a tudo que é palpável, digno de avanços plurais e certeiros, onde predomina o lógico da minha existência.
O mais íntimo desejo de acertar me permitiu ressignificar cada atitude na sua amplitude máxima. Cada pensamento estava focado no que é relevante, importante, que me interessa ou não, que me faz bem ou não, feliz ou não.
A passos lentos continuo caminhando, leve como uma pluma, sem o peso da obrigação, sem a angústia do dia que virá. Apenas adormeço na segurança de tudo que almejo; e o que passou fica no fundo de uma caixa chamada Aprendizado, onde consultas não serão permitidas.

 

Um comentário:

VITORIO NANI disse...

Parece que é a pura expressão de sentir-se livre de algemas, grilhões, calabouço!
Um texto para ler mais de uma vez.
Um forte abraço e boa semana!

vitornani.blogspot.com