O que eu mais tenho feito na vida? Ficar aqui na net passeando entre os diversos caminhos e possibilidades a mim apresentados de uma forma prazerosa, curiosa, inteligente e divertida.
Dia desses, após muitas leituras, estava a pensar com meus queridos botões sobre o desapego da vida terrena. E hoje, como quem não quer nada (?), me deparei com este excelente texto que, simplesmente, exprime tudo que pensei e estou tentando colocar em prática (e olha que já tô conseguindo algumas coisas, mesmo antes de refletir sobre este tema).
Vale a penas dar uma lida e colocar os pensamentos em ordem.
# Assim como
um construtor que pretende edificar um prédio em um terreno onde tenha uma casa
antiga ou deteriorada, onde tenha um matagal ou muita lama, onde tenha lixos
jogados ou entulhos com fragmentos de tijolos, restos de madeira, resíduos de
obras de alvenaria, entre outras coisas, precisa limpar e preparar o ambiente
para sua obra ser realizada com sucesso, o ser humano, também, precisa abrir
espaço em sua jornada terrena, para que algo novo e bom aconteça em importantes
momentos de sua existência.
Há momentos
na vida em que é preciso desapegar-se de tudo e de todos para se encontrar um
novo caminho, uma nova forma de ver e de viver a vida. É preciso gerar uma
abertura de grandes áreas no território do viver, de modo que a introdução de
novidades venha e renove as energias criativas, para que assim, uma nova
construção se erga.
No entanto,
para que isso aconteça, necessário é, antes de qualquer coisa, desapegar-se do
que não é mais imprescindível, desapegar-se daquilo que foi bom mas que já não
é mais tão bom assim; desapegar-se de quem quer partir e precisamos deixar ir,
desapegar-se de uma dor, de um sofrimento, de uma tristeza que corrói a alma,
desapegar-se dos muros do passado, desapegar-se do apego que o outro possui em
relação a você...
Desapegar-se,
na verdade, para Libertar-se com consciência e ser feliz plenamente. Muitas são
as situações que pedem o desapego, e muitos são os aprendizados que nos levam a
compreender a real necessidade e importância da prática constante do
desapegar-se. Inúmeras vezes, as pessoas insistem em querer permanecer vivendo
determinadas situações mesmo quando não consideram ser o melhor para elas. Ou
permanecem nelas porque acham que ainda podem conseguir algum resultado
satisfatório mesmo quando a situação já chegou ao insuportável. Ou ainda, se
prendem pelo receio da carência, pelo temor de se sentir só, pelo sentimento de
incapacidade, pela dependência na relação com o outro, pelo comodismo apesar do
incômodo ou por conformismo ao se achar pequeno demais para a vida.
E quando
vivem nesses padrões por tanto tempo e resistem à mudança, acabam por não
perceber o que a vida está dizendo e orientando para tal ou qual situação.
Desapegar-se é fazer o corte físico, energético, emocional e mental,
libertando-se dos vínculos nocivos ao bom e ao bem viver para entrar em
harmonia e equilíbrio.
É, ao mesmo
tempo, conceder largueza de espaço para que inovadoras, restauradas
oportunidades possam ser vividas com felicidade. Oferecendo, inclusive, a
oportunidade de permanecer com as lembranças vivenciadas anteriormente, porém,
sem a dependência delas para ser feliz, pois senão, torna-se apego. Ao olharmos
para trás, para um passado distante ou recente, quantas são as doces
recordações que carregamos?
Com certeza,
muitas, para boa parte das pessoas. Portanto, quanto mais vivemos
qualificadamente e construímos com nossos dotes espirituais, mais teremos a
lembrar em coisas boas sem depender do que passou para isso. Por isso, essas
memórias devem servir como um alicerce consolidado para impulsionar as novas e
promissoras realizações. E não, como um ponto fraco, que ao ser rememorado,
pode trazer o desequilíbrio e a desarmonia à estrutura dos quatro pilares que
sustentam a existência humana... O seu corpo, a sua mente, a sua energia ou comunicação
e a sua emoção. Por essa razão, é que dia a dia o exercício do desapego ensina
a todo tempo que somos possuidores de grandes riquezas interiores, capazes de
aclarar novos caminhos, realizando pródigas descobertas, para compartilharmos
com a vida e com nossos semelhantes.
Essa é a
posse real que temos. Por outro lado, de fato, tudo o que é material bem como
as pessoas que temos presentes em nossa vida, não nos pertencem. Estão, apenas
existindo em um dado momento de nosso viver. E o poder sobre elas é somente
ilusão temporária, até que o Deus oriente a renovação para um novo Ciclo.
Sendo assim,
o sentimento de posse e o controle, no que diz respeito às pessoas e sobre as
coisas materiais, sempre trazem algum tipo de dor ou sofrer para um lado ou
para o outro quando são usados como armas ou instrumentos do apego, para anular
a liberdade de ser de outrem ou tentar limitar as ações naturais daquilo que
tem que ir ou daquele que deseja viver.
Assim, faz parte da vida aprender essa
lição, buscando a harmonia nas relações com o ambiente e com as pessoas que nos
cercam, de maneira solta e amorosa, para que tudo cresça e floresça com cada um
dando o seu melhor e vivendo sua existência bem e intensamente.
Ame-se... e
desapegue-se!!! #
2 comentários:
Texto perfeito, né? :D
E bota perfeito nisso...
Agradeço mto a vc pela oportunidade de conhecê-lo e de me permitir compartilhá-lo.
Bjs...
Postar um comentário